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terça-feira, 10 de maio de 2011

Da indústria cultural


Esses dias, um dos assuntos que mais está na mídia é a venda dos ingressos para o Rock in Rio, evento que atrai milhares de jovens de todo o país para assistir shows de seus artistas favoritos. Até aí, ótimo. É excelente ter um incentivo como esse à cultura, onde as pessoas terão acesso a músicas e estilos que não necessariamente conheciam, assim como aos que já curtem e que adoram. Entretanto, há um ponto a ser questionado: a industrialização da cultura.

Os ingressos para o Rock in Rio estão sendo vendidos a preços exorbitantes. Em 2001, ano da última edição do evento no Brasil, a entrada saiu por R$ 35 por dia, preço esse que todos poderiam pagar. Este ano, estão sendo vendidos a quase R$ 100 a meia-entrada. É a prova de que a cultura e se tornou de fato uma indústria, onde é preciso tirar do valor do trabalho próprio e do seu esforço diário para ter um mínimo de lazer. Claro que sou a favor dos momentos de lazer, de brincadeira, de sair, mas acho que é preciso ter um mínimo de bom senso na hora de pagar um preço desses por um único dia de diversão. Pelo menos, esse é o meu pensamento.

A tendência desse tipo de situação é só piorar. Vemos atrações como cinema, teatro, transformarem-se em negócios. É triste ver o quanto a cultura é elitista, quando ela deveria ser acessível a todos, e não somente àqueles que podem pagar para tê-la.

Um comentário:

  1. Mas 35 reais naquela época equivale a 100 reais hoje em dia, praticamente...

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