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quarta-feira, 23 de junho de 2010

Ciclos

Falar da vida é falar de começar e encerrar ciclos. É estar em uma determinada fase que em breve vai terminar e dar início a outra. O problema disso não é o ciclo em si, mas o medo que temos quando ele acaba. Porque aí deixamos a nossa zona de conforto e passamos a não estar mais no controle da situação, mas sim ter que descobrir todo um mundo novo, com novas dificuldades, com novas alegrias e frustrações.

O ser humano, de uma maneira geral, não sabe lidar com o desconhecido. Temos medo de tudo aquilo que não entendemos. Isso foi visto em toda a história da humanidade, desde os primórdios da civilização. O homem tenta aniquilar tudo aquilo que não compreende, independente da maneira como se vive. Isso acaba gerando o preconceito e a insegurança. E esses sentimentos acabam dando início a uma série de separações que existem na humanidade.

Saber encerrar um ciclo é o passo principal para o crescimento pessoal. É conquistar o próprio espaço e saber que nada é pra sempre. Ou pode até ser para sempre, mas no momento correto que o "pra sempre" exija. Porque os planos em um determinado momento podem parecer os mais corretos e sensatos possíveis, mas o dia de amanhã pode mostrar o quanto estávamos errados quanto às escolhas que considerávamos as melhores para nós mesmos...

domingo, 13 de junho de 2010

Perdida

Um dia eu imaginei meu futuro. Imaginei cores e flores, amor e muita felicidade. Vivi uma realidade só existente em sonhos de criança, os quais eu teimei em conservar e acreditar dentro do meu coração. Acreditei que seria pra sempre, acreditei que toda a maldade do mundo não seria capaz de ultrapassar aquilo que de tão forte nos unia; aquilo que de tão precioso eu guardava, como a minha jóia mais bonita e mais cara.

Mas você foi embora. E eu deixei de acreditar nisso. E hoje me vejo tentando entender o que vai ser da minha vida. Hoje reconheço o quanto errei ao deixar meu mundo em suas mãos, ao esperar que você fosse capaz de realizar os meus sonhos. Porque certos sonhos simplesmente não devem ser realizados. Talvez porque não esteja nos planos de Deus, talvez por falta de merecimento de minha parte, ou seja lá o que for. Entretanto, o que fazer com o sentimento que, apesar de tudo, ainda teima em ficar? Gostaria que ele fosse um pedaço de papel, que eu simplesmente amassasse e jogasse fora. Mas não, os sentimentos ficam guardados. E por mais que eu tente, por mais que ele me machuque, ele está guardado dentro do meu peito.

Escrevo pra poder aliviar - e talvez compartilhar um pouco com vocês, caros leitores, um pouco da minha solidão. Escrevo para que possa tirar de mim uma ponta dessa angústia que ainda fica, por mais que eu brigue com ela, todos os dias. Porque, apesar de tudo, penso todos os dias em você - por mais que você não mereça, por mais que você não saiba (ou até saiba, mas finja que não).

Só queria vir aqui para dizer que não sei o que fazer com o que sobrou de mim nesse mundo...
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