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terça-feira, 16 de agosto de 2011

Da esquizofrenia



Algumas pessoas reinventam-se, tentam mudar aquilo que são, passam imagens loucas de pessoas que estão tentando se superar para conseguirem se reerguer. São pessoas infelizes, que viviam num mundo bom, mas que não volta mais, por mais que se esforce para que ele volte a sê-lo. Eu também passei por essa fase, e me pergunto o quão esquizofrênica sou; o quão esquizofrênicas são as pessoas que, embora saibam que aquele mundo não vai ser rodeado de flores, insistem em vivê-lo.

Muitas pessoas não estão prontas para viver a felicidade em sua plenitude. Elas estão tão acostumadas a viver no pântano, no limbo, que não suportam o despertar do sol, a claridade, a beleza em toda sua imensidão. Não que elas não devam tentar, mas está tão escrito que a coisa não é, que seria até maldade dizer: não o faça.

Algumas pessoas precisam viver de sonhos para existirem. Não aguentam a dura realidade. Creio que a maioria das pessoas seja assim. Vivem aquele mundo de sonhos pra poderem acreditarem que ainda vale a pena estar vivo. Sei lá...simplesmente penso que o mundo vive um sem-sentido de tudo. E dessa vez realmente não me importo com os comentários que virão por aqui. Porque se nada faz sentido, tampouco o fará esse post. A não ser para aqueles que em nada a vida faz sentido,assim como a minha. Dedico àqueles que talvez estejam mais perdidos do que eu e inventem um caminho para tentarem a salvação de suas pobres almas...

4 comentários:

  1. Seu texto é de uma transparência desconsertante, onde até na dor se vê poesia...esse é o preço dos que sentem demais! E seu texto é, sim, repleto de sentido e verdade! Quem nunca se viu "sem setas", que atire a primeira pedra! Bjs, sou fã do seu Pensar franco e direto!

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  2. O texto é verdadeiro ao expor a farsa vida de muitos. Acredito numa felicidade esquizofrênica a qual temos que sentir diariamente; mais que a esquizofrenia orgânica, uma esquizofrenia social em que as pessoas são obrigadas a viverem segundo um padrão que elas não construiram e não querem viver.

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